DOENÇAS

HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA

A hemorragia digestiva baixa constituiu uma das muitas causas de atendimento de urgência nos hospitais, assim como a hemorragia digestiva alta. Consideramos hemorragia baixa quando a origem do sangramento se dá nos segmentos intestinais localizados após o ligamento de Treitz. 

Pode se apresentar de forma autolimitada até sangramento maciço.

CAUSAS

As causas da hemorragia digestiva baixa são várias e podem ser divididas em função da localização – intestino delgado, cólon e orificiais (ânus). Nas crianças as causas mais frequentes são fissuras anais e divertículo de Meckel, uma alteração congênita da parte final do intestino delgado. Nos adultos as causas mais frequentes são as doenças orificiais como as hemorroidas e fissuras, passando pela doença diverticular dos cólons e angiodisplasias (mal formações vasculares), colite isquêmica, radioterapia, infecções, tumores entre outros.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

Os sintomas são diretamente proporcionais ao volume do sangramento e características do sangramento. Tonturas, mal-estar, palidez e sudorese, queda da pressão arterial são sinais de alerta. O sangramento proveniente das doenças orificias são caracteristicamente vermelho vivo e autolimitado. Ao exame físico é possivel estabelecer o diagnóstico. Se não for observado nenhuma causa orificial, exxames complementares como a colonoscopia e endoscopia digestiva alta se fazem necessários. Cintilografia e angiografia tem seu papel em situações específicas. A cápsula endoscópica ganha espaço no cenário dos sangramento de origem obscura.

TRATAMENTO

O tratamento inicial visa a estabilização do paciente e cuidados gerais. Uma vez descartada doenças orificais como causa do sangramento, a colonoscopia é o exame inicial a ser realizado preferencialmente nas primeiras 12 -24h do inicio do sangramento. Pode-se utilizar coagulação, colocação de clips endoscópicos, infiltração de diversas substâncias esclerosantes. O tratamento através da angiografia se dá em casos selecionados com embolização no local do sangramento.

Graças ao avanço da terapia endoscópica, o tratamento cirúrgico é necessário apenas naqueles casos em que o paciente continua ou torna-se instável mesmo diante dos cuidados hospitalares, naqueles que necessitam de transfusões sanguíneas ou naqueles em que o sangramento persiste.