O câncer colorretal (câncer de intestino) já é conhecido há muitos anos e vem aumentando sua incidência nessa última década. São os tumores que se desenvolvem no intestino grosso, reto e ânus, sendo raros acometer o intestino delgado.
O intestino grosso pode ser dividido em cólon direito, cólon transverso, cólon descendente, sigmoide e reto.
Vale esclarecer que “câncer” é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos(1), resultante do acúmulo de várias mutações e/ou mudanças no DNA das células.
CAUSAS
O processo de transformação maligna das células, fenômeno conhecido como carcinogênese, vem sendo estudado de forma exaustiva para que possamos entender a origem dos cânceres.
No caso do câncer colorretal, a carcinogênese é bem descrita e compreendida. Normalmente se dá através da evolução de um pólipo intestinal para um câncer. São necessários alguns anos para que o pólipo se transforme em um câncer, sendo possível tratá-lo a tempo.
A maior parte dos tumores de intestino, cerca de 80%, são classificados como esporádicos, ou seja, aparecem sem nenhum fator de risco associado. Poderíamos dizer que acontecem ao acaso.
Entre 5 e 10% dos casos são atribuídos a síndromes genéticas. Os principais fatores de risco são: idade acima de 50 anos, história familiar, predisposição genética, doença inflamatória intestinal (retocolite e doença de Chron), obesidade, dieta pobre em fibras e rica em gordura saturada e história prévia de pólipos intestinais.
SINTOMAS E DIGNÓSTICO
Os sintomas do câncer colorretal podem ser os mais variados e muitas vezes dependem do tamanho e localização. Estima-se que até 20% dos pacientes com câncer de intestino não apresentam sintomas. É comum que os tumores do lado direito do intestino causem sintomas quando estão numa fase mais avançada, tais como emagrecimento, anemia, alteração do hábito intestinal. Já os tumores do lados esquerdo do intestino ou do reto podem apresentar sangramento nas fezes, alterações do hábito intestinal, emagrecimento, cólicas abdominais, perda do apetite, entre outros.
O diagnóstico pode ser confirmado pela colonoscopia. Alguns exames como tomografia de abdome também pode sinalizar a presença do tumor. O exame de sangue oculto nas fezes revela a presença do sangue, mas não a causa do sangramento, sendo necessário complementar com a colonoscopia.
TRATAMENTO
O tratamento do câncer colorretal ainda é cirúrgico visando a retirada da lesão.
A localização do tumor assim como o tamanho, a presença ou não de metástases irão direcionar a melhor estratégia.
A necessidade da colostomia também vai depender da localização do tumor. O tratamento com quimioterapia e radioterapia podem se fazer necessários.
(1) INCA
Imagem Ilustrativa. Fonte: ASCRS