A colonoscopia é um exame endoscópico do intestino grosso. É a melhor opção que temos atualmente para detectar doenças e realizar tratamento neste órgão. Porém, exige um preparo prévio para sua realização.

O preparo consiste em uma limpeza do intestino, de modo a remover os resíduos de fezes que podem atrapalhar a adequada visualização, impedindo que lesões importantes sejam encontradas.

A colonoscopia é utilizada para o diagnóstico de alterações da mucosa (superfície interna) do reto, do cólon, e na maioria das vezes, da porção final do intestino delgado chamado íleo terminal.

O aparelho denominado colonoscópio utilizado no exame também possui canais que permitem a aspiração de líquidos, infusão de líquidos e passagem de instrumentos.  São esses instrumentos que permitem a realização de biópsias, a remoção de pólipos, a passagem de clips para controle de sangramentos e outros materiais com finalidades diagnóstica e terapêutica. 

É de extrema importância que o paciente entenda a necessidade de um bom preparo do intestino. Isso diminui o índice de possíveis complicações, o tempo e a necessidade de precisar repetir o exame. 

Um bom preparo intestinal aumenta a chance de encontrar possíveis lesões, inclusive as bem pequenas, com potencial maligno a longo prazo. Portanto, constitui uma etapa importante no processo da colonoscopia.

Pessoas com insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica, diverticulose, constipação, dentre outras situações clínicas específicas, assim como crianças até 12 anos, necessitam de preparo personalizado.

Se você estiver inseguro em realizar seu exame ou com alguma dúvida, consulte seu Coloproctologista de confiança. Ele é a pessoa ideal para lhe passar orientações seguras e confiáveis.

Antes do exame é realizada uma rápida entrevista chamada de triagem.

A triagem será conduzida por um profissional da equipe da endoscopia, que pode ser um enfermeiro, médico residente ou anestesista. Tem como objetivo fazer um planejamento adequado do exame e escolher o tipo de sedação.

O paciente deverá informar a este profissional todas as doenças pré-existentes, alergias, medicações em uso, se possui algum tipo de restrição física ou implantes.  Tudo será anotado. Ao terminar as perguntas, todas as informações serão novamente repassadas para que não fique nenhuma dúvida. Nesse momento, o paciente assina um termo de consentimento para a realização do exame.

Após a sedação, o aparelho de colonoscopia é introduzido pelo ânus na intenção de alcançar e avaliar todo o intestino grosso, e quando possível, a parte final do intestino delgado.

A duração do exame é variável. De modo geral, o tempo estimado é de 20 minutos, sendo muito bem tolerada pela maioria das pessoas. Quando procedimentos adicionais forem necessários para o diagnóstico o tempo de exame e de permanência no hospital poderá ser maior. 

Como o  paciente precisa preparar o intestino para o exame de colonoscopia, algumas orientações dietéticas são necessárias antes do exame.

Normalmente, na antevéspera recomenda-se uma dieta pobre em fibras. Na véspera faz-se necessário uma dieta líquida sem resíduo associado a algum tipo de medicação laxativa, como o bisacodil. No dia do exame o paciente ingere um líquido que promoverá uma diarreia até a limpeza total do intestino. No Brasil, a substância laxativa mais utilizada é o manitol. A partir daí inicia-se o jejum, de pelo menos 4 horas, até o  momento do exame.

Alguns pacientes podem apresentar um tempo de preparo do intestino maior que outros.

É importante salientar a importância do jejum e da qualidade do preparo do intestino para a realização de um bom exame.

Mesmo quando a colonoscopia é realizada por médicos experientes complicações podem ocorrer. Estudos mostram que essas complicações ocorrem na proporção de 2,8 casos para cada 1000 exames realizados.*

A maior parte das complicações graves transcorre após polipectomias, isto é, a remoção de pólipos. Pólipos são lesões que surgem na superfície interna do intestino.

O caso mais comum é um discreto sangramento nos locais das biópisias ou polipectomias. Complicações cardíacas, reação aos sedativos, perfuração intestinal, infecções também são passíveis de ocorrer. No entanto,  óbitos  são extremamente raros.

Fonte: * dados podem ser consultados em www.asge.org.