Trata-se de uma afecção anorretal extremamente comum, sendo causa de dor e sangramento. Nada mais é que uma ferida, um pequeno corte na região do canal anal. Pode ser aguda ou crônica, podendo acometer pessoas de todas as idades.
CAUSAS
As causas mais comuns da fissura são a constipação intestinal (prisão de ventre) associado ao esforço evacuatório, assim como diarreia frequente que promove um funcionamento e esgarçamento intenso do ânus.
Outras doenças podem apresentar fissura como doença inflamatória intestinal, sífilis, tuberculose, herpes, entre outras.
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
As queixas principais são sangramento anal vivo no momento das evacuações, acompanhado de dor local e ardência, melhorando após alguns minutos. Às vezes, coceira, saída de secreção, presença de nodulação (plicoma) podem aparecer dependendo da fase em que a fissura se encontra – aguda ou crônica.
A dor muitas vezes inibe o ato da evacuação, acumulando mais bolo fecal, iniciando um ciclo vicioso. O diagnóstico é feito pela inspeção da região anal e dispensa exames complementares, a não ser diante da suspeita de outras doenças associadas.
TRATAMENTO
Os pacientes com fissura anal aguda normalmente podem ser tratados de forma conservadora com pomadas locais, higiene rigorosa, mas principalmente suplementos para amaciar o bolo fecal como fibras e aumento da ingestão hídrica.
Normalmente as fissuras agudas cicatrizam com esses cuidados. Aqueles casos onde a cicatrização não se faz de maneira ideal, o tratamento cirúrgico está indicado. É realizado a ressecção (retirada) do leito da fissura crônica com relaxamento do esfíncter do ânus (esfincterotomia).
O melhor tratamento será orientado pelo médico após avaliação. A cirurgia é segura se bem executada, sendo raros os casos de complicações como incontinência anal, infecções locais ou reaparecimento da fissura.
Imagem Ilustrativa. Fonte: ASCRS