O câncer colorretal tem aumentado sua incidência nos últimos anos. Assim como o exame preventivo para o câncer de mama e próstata, o intestino também precisa de vigilância. Dispomos de vários métodos para realizar o rastreamento de possíveis lesões no intestino. O exame de sangue oculto nas fezes, a pesquisa de DNA fecal, a retossigmoidoscopia flexível, colonoscopia virtual e colonoscopia são alguns deles. Antes, o rastreamento devia começar aos 50 anos de idade para a população em geral ou antes dos 50 anos em caso de sintomas específicos ou história de câncer na família. Entretanto, a Sociedade Americana de Câncer a partir de 2018 orienta que o início deva ser a partir dos 45 anos em função do aumento desse tipo de câncer em pacientes cada vez mais jovens.
Muitas vezes, em países como o Brasil, onde os recursos possam ser limitados, o programa de rastreamento deve ser organizado. Definir a população alvo permite melhorar a qualidade, evita exames desnecessários e pode diminuir custos e complicações.
A colonoscopia constitiu o melhor método pois permite tratar no momento do exame pólipos e algumas lesões pré-malignas. Embora seja um exame excelente, também não é isento de riscos, mesmo esses sendo raros. Sangramentos, perfurações, necessidade de sedação representam alguns deles. Portanto, deve ser devidamente indicada.
Orientações sobre o período para se repetir o exame são dados em função dos achados da colonoscopia e do histórico familiar. Isso pode ser melhor orientado pelo seu médico.